As visitas aos supermercados e às feiras têm sido desafiadoras para os brasileiros. Produtos da cesta básica, como café, leite, óleo, frutas, verduras e demais itens de grande procura têm registrado altas nos preços, levando os consumidores a fazerem uma verdadeira ginástica no orçamento mensal.

A descrença e o pessimismo imperam entre os consumidores: 83,7% dos entrevistados em uma pesquisa realizada pelo Reclame Aqui acreditam que a alta de preços deve continuar nos próximos meses, exigindo cortes e/ou trocas de itens na alimentação, recálculo do custo de vida e reformulações orçamentárias.
De modo geral, a percepção dos consumidores consultados é de que tudo aumentou, independentemente do tipo de produto, mas alguns itens puxam a lista das maiores altas percebidas: café (83,4%); carnes (82%); óleos e azeites (67,5%); hortifruti (frutas, legumes e verduras) (55,8%); grãos (arroz, feijão, etc.) (51,1%); laticínios (leite, queijo, iogurtes…) (49,5%); e ovos (34,4%).
O principal impacto da alta dos preços no orçamento mensal é o freio definitivo no consumo de alguns alimentos (28,3%), além da diminuição da compra de muitos itens (27.3%) e a tradicional troca de marcas por opções mais baratas (22%). Buscando outras saídas, os respondentes ainda apontaram que têm deixado de viver momentos de lazer e reduzido idas ao supermercado.
O estudo mostra, também, que 58,7% dos respondentes têm feito reorganização financeira, para poder se alimentar com qualidade e atender às necessidades passa por redução do consumo de certos alimentos. 53,8% têm feito muito mais pesquisas de preços e compras em diferentes estabelecimentos, enquanto 44,6% fazem comparações de marcas para encontrar opções mais em conta.
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