O Sistema Nacional de Meteorologia – SNMemitiu no último dia 27 de maio uma Nota com Alerta de Emergência Hídrica associado à escassez de precipitação para a região hidrográfica da Bacia do Paraná que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná para o período de junho a setembro de 2021. Essa previsão é consistente com a de outros centros internacionais de previsão climática.
O SNM é coordenado pelo Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia – CENSIPAM (órgãos ligados respectivamente aos Ministérios de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTI e Defesa - MD), com a participação de todos os órgãos federais ligados à meteorologia, e com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico - ANA e o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais – CEMADEN.
É primeira vez que o SNM emite um Alerta de Emergência Hídrica, o que reforça a importância das previsões meteorológicas na antecipação e na redução de riscos para a população. Tais riscos estão relacionados a problemas com:
Abastecimento de água
De acordo com o diretor-presidente da Sabesp, Benedito Braga, não há previsão de necessidade de racionamento de água na Região Metropolitana de São Paulo - RMSP. Há problemas, no entanto, em alguns municípios do Noroeste e Nordeste paulista, mas, são casos pontuais e de fácil solução[1]. Atualmente a empresa atende 375 municípios do Estado de São Paulo.
Os mananciais usados para abastecimento de água da RMSP estão em média com cerca de 56% de sua capacidade. Mais informações consulte https://mananciais.sabesp.com.br/Situacao
Assim, a Fecomercio SP recomenda que as empresas economizem água, por meio de adoção de medidas de uso racional da água e práticas para aproveitamento de água de chuva, água de reuso (compra ou tratamento local) e água subterrânea. Mais detalhes na Cartilha: “Água o que o empresário do setor de comércio e serviços precisa saber e fazer para preservar este precioso recurso”, disponível em https://www.fecomercio.com.br/upload/file/2016/04/09/cartilha_agua_preservar.pdf
Fornecimento de energia elétrica
Sob a pior seca em quase um século, Brasil pode enfrentar risco de desabastecimento de eletricidade. Assim, há indícios que o governo anuncie medidas nos próximos meses, como contratar usinas termelétricas que operam exclusivamente no mercado de curto prazo e que não possuem necessariamente contratos vigentes de fornecimento de energia e diminuição da vazão dos reservatórios de hidrelétricas (como, por exemplo, Jupiá e Porto Primavera na divisa entre SP e MS), para que as usinas acumulem mais água e garantam a produção de eletricidade, o que pode vir a prejudicar outras atividades econômicas que dependem dessa água, mas que não seriam afetadas pela falta de energia.
A possibilidade de um racionamento ainda é baixa. A certeza é que a conta de eletricidade ficará mais cara nos próximos meses. A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL adotou a bandeira tarifária vermelha de patamar 2 para o mês de junho, com custo adicional de R$6,243 para cada 100 kWh consumidos.
Desta forma, a Fecomercio SP adverte as empresas para economizar energia, por meio de algumas medidas como:
Ar condicionado: não deixar portas e janelas abertas em ambientes com ar condicionado, manter os filtros limpos, diminuir ao máximo o tempo de uso do aparelho e instalar cortinas nas janelas que recebem sol direto.
Iluminação: preferir a iluminação natural ou lâmpadas econômicas, apagar a luz ao sair de um cômodo ou instalar sensores de presença e pintar o ambiente com cores claras.
Aparelhos em stand-by: Retirar os aparelhos da tomada quando possível ou durante longas ausências.
Optar pela tarifa branca, a qual é mais barata fora dos horários de pico.
A citada Nota Conjunta INMET / INPE / CENSIPAM segue em anexo.
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