Resultados da Black Friday de 2023 indicam queda em número de pedidos e faturamento; eletrodomésticos e eletrônicos se destacam entre as categorias
O otimismo para a Black Friday de 2023 movimentou o varejo neste ano, mas resultados preliminares indicam queda nas vendas. De acordo com a NielsenIQ Ebit, o faturamento do e-commerce brasileiro para a data caiu 13%. Ao mesmo tempo, pedidos declinaram em 9%.
A mensuração refere-se ao acumulado entre meia noite e 19h da última sexta-feira, 24, na comparação com o mesmo período de 2022.
Em nota, Marcelo Osanai, executivo responsável pela NielsenIQ Ebit, afirmou que os resultados poderiam ser creditados à antecipação de compras na quinta-feira, altas taxas de juros e endividamento das famílias. “O consumidor que tinha alguma folga orçamentária comprou antes, o restante preferiu adotar uma postura mais cautelosa diante das incertezas mencionadas”, apontou.
Já a Neotrust apresentou números referentes ao último final de semana, até domingo, 26, às 23h59. Segundo a empresa, o faturamento total do comércio eletrônico movimentou cerca de R$ 5,2 bilhões. Apesar do montante alto, há uma queda de 14,6% quando comparado ao mesmo período no ano passado. Os pedidos também diminuíram em 16,3%, representando 8,2 milhões.
Para traçar os resultados da Black Friday, a companhia se baseou em dados de mais de 2.500 varejistas on-line de todo o Brasil.
Principais categorias da Black Friday 2023
Entre as categorias, os eletrodomésticos se destacaram em número de pedidos e faturamento (20,6% do total). A Neotrust registrou 501 mil pedidos e R$ 1 bilhão em faturamento – uma queda de 4,1%. Na sequência, aparecem os eletrônicos, com 15,2% de todos os produtos comercializados. Foram feitos 440 mil pedidos ao todo, gerando um faturamento de R$ 767 milhões. Também houve queda de 16,3% no faturamento.
Telefonia aparece em terceiro lugar, com 309 mil de pedidos e R$ 587 milhões em faturamento (-33,2%). Moda e acessórios aparecem representando 7,3% de todos os itens vendidos, com 1 milhão de pedidos e arrecadação de R$ 362 milhões (-7,2%).
Segundo a empresa, o ticket médio aumentou em 2,1% no que diz respeito ao ano passado, chegando a R$ 639,47.
Em relação ao perfil do consumidor, as mulheres lideraram representando 59,3% das compras. Já em faixa etária, consumidores entre 36 e 50 anos representaram a maior parcela das compras, totalizando 35,3%: uma queda de 0,4 pontos percentuais.
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