Apenas Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná tiveram queda no último trimestre do ano
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A economia aquecida fez o desemprego alcançar o menor nível já registrado em 14 estados brasileiros. A taxa chegou a ficar abaixo de 3% em algumas regiões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira.
Na média nacional, o desemprego foi de 6,6% em 2024, uma queda de 1,2 ponto percentual em relação a 2023. Entre os estados, 14 registraram a menor taxa anual de desocupação desde o início da série histórica. Os destaques foram Mato Grosso (2,6%) e Santa Catarina (2,9%), que lideram com os índices mais baixos.
Estados com menor desemprego em 2024
Os 14 estados que atingiram mínima histórica de desemprego em 2024 foram:
Mato Grosso: 2,6%
Santa Catarina: 2,9%
Espírito Santo: 3,9%
Mato Grosso do Sul: 3,9%
Minas Gerais: 5,0%
Tocantins: 5,5%
São Paulo: 6,2%
Acre: 6,4%
Ceará: 7,0%
Maranhão: 7,1%
Alagoas: 7,6%
Amapá: 8,3%
Amazonas: 8,4%
Rio Grande do Norte: 8,5%
Os resultados refletem a expansão da ocupação em diversas atividades econômicas, segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.
“Os números mostram que a geração de empregos foi disseminada, já que ocorreu em várias áreas”, afirma Beringuy. Entre os setores que mais impulsionaram esse crescimento estão comércio, indústria, transporte e logística e construção.
Desaceleração no 4º trimestre
Apesar do patamar historicamente baixo, o desemprego teve uma desaceleração no quarto trimestre. O índice ficou estável em 24 das 27 unidades da federação. Apenas Rio Grande do Sul (de 5,1% para 4,5%), Minas Gerais (5,0% para 4,3%) e Paraná (4,0% para 3,3%) registraram redução no período.
Os estados com maiores taxas de desemprego no último trimestre de 2024 foram:
Pernambuco: 10,2%
Bahia: 9,9%
Distrito Federal: 9,1%
Já as menores taxas ficaram com Mato Grosso (2,5%), Santa Catarina (2,7%) e Rondônia (2,8%).
Pnad x Caged: metodologias diferentes
A Pnad Contínua traz informações sobre trabalhadores formais e informais. Publicada mensalmente, a pesquisa é baseada em dados coletados em 210 mil domicílios de 3.500 municípios em todo o país.
Já o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, considera apenas empregos formais, com base nas informações fornecidas pelas empresas. Por isso, os resultados das duas pesquisas podem apresentar diferenças.
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