O setor de vestuário, calçados e acessórios deve responder pela maior fatia de vendas, com um crescimento de 1,14% em relação a 2021.
O Dia das Mães está se aproximando e o comércio já se prepara para o aumento do movimento de clientes. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que as vendas do comércio varejista devem atingir R$ 14,42 bilhões.
Apesar de representar um avanço quando comparado ao ano de 2020, ano em que teve início a pandemia de Covid-19, o valor ainda é inferior à movimentação financeira observada em 2021, que foi de R$ 14,68 bilhões, ou cerca de 1,7% mais alto.
A elevação das taxas de juros e da inflação nos últimos meses, assim como a lenta recuperação do mercado de trabalho, foram fatores que influenciaram os resultados deste ano, de acordo com a CNC.
A taxa Selic, por exemplo, estava em 3,5% no mesmo período em 2021 e agora já chega a 11,75%.
Pela primeira vez, nenhum dos 26 itens que compõem a cesta de bens e serviços avaliados na pesquisa registrou queda de preço. A variação média para os produtos é de +10,6%.
Em eletrodomésticos como refrigeradores e fogões, a alta do preço, em relação ao mesmo período em 2021, é de 27,8% e 24,9%, respectivamente. Itens de mobiliário apresentaram aumento de 19,4%.
O ramo de vestuário, calçados e acessórios costuma responder pela maior fatia das vendas e deve somar R$ 6,69 bilhões, um avanço de 1,14% em relação ao observado no ano passado.
Outros ramos que devem ganhar a preferência dos consumidores são de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (com previsão de faturamento de R$ 2,33 bilhões) e de móveis e eletrodomésticos (R$ 2,29 bilhões).
Apesar disso, segundo a CNC, ambos devem ter uma queda expressiva no comparativo com 2021: -9,3% e –9,5%, respectivamente.
Os estados de São Paulo (R$ 4,80 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 1,43 bilhão) e Minas Gerais (R$ 1,32 bilhão) devem responder por mais da metade da movimentação financeira envolvendo o Dia das Mães. O Rio de Janeiro aparece em seguida, com R$ 1,29 bilhão.
Compras online são mais baratas
Apesar de mais pessoas comprarem presentes para as mães neste ano, o custo médio da lembrança será mais baixo.
A pesquisa da Consultoria Business Integration Partners e do Instituto Qualibest revelou que a maioria dos consumidores será conservadora nos gastos.
Cerca de 40% pretendem investir menos de R$ 100 no presente de Dia das Mães. Já cerca de 35,5% dos compradores pretendem gastar entre R$ 100 e R$ 350 na data.
O levantamento apontou que cerca de 70% das pessoas vão gastar igual ou mais este ano do que em 2021.
As lojas online também ganham a preferência. Cerca de 46% pretendem pesquisar e comprar presentes pela internet. Outros 25% irão para as lojas físicas e shoppings.
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