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E-commerce nacional movimentou R$ 196,1 bilhões em 2023, aponta o MDIC

Estudo mostra um crescimento de 4,8% em relação a 2022


Fonte: Banco de imagens Wix

Em 2023, o e-commerce nacional movimentou R$ 196,1 bilhões, representando um crescimento de 4,8% em comparação com 2022, quando o volume de negócios foi de R$ 187,89 bilhões. O comércio eletrônico brasileiro mais que quintuplicou desde 2016. Os dados são do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), divulgados durante a III Reunião da Câmara de Comércio e Serviços Conectados ao Varejo (FMCS).


Durante a abertura, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, apontou que o e-commerce é fundamental para o desenvolvimento do país e que a plataforma apresenta informações estratégicas que podem contribuir para o crescimento do comércio brasileiro.


“São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais concentram quase 60% do comércio eletrônico. Isso mostra que nós temos um trabalho muito árduo a fazer, que é o processo de inclusão digital e de distribuição de renda”, completou Moreira.


Baseados em dados extraídos de Notas Fiscais eletrônicas, fornecidos pela Receita Federal, estes foram os produtos mais vendidos por e-commerces nacionais em 2023:


  • Smartphones (R$ 10,3 bilhões);

  • Livros, brochuras e impressos semelhantes (R$ 6,4 bilhões);

  • Televisores (R$ 5,3 bilhões);

  • Refrigeradores e congeladores (R$ 5 bilhões);

  • Tablets (R$ 4,4 bilhões);

  • Complementos alimentares (R$ 3,7 bilhões).


Mesmo com sua liderança, o valor das vendas de celulares caiu 43% em comparação com 2021, quando o produto registrou R$ 18,1 bilhões em vendas, o maior valor da série histórica do observatório, que possui dados a partir de 2016. Em 2022, as vendas somaram R$ 16,9 bilhões, apresentando uma queda de 39% em 2023.


A lista de produtos mais vendidos não é a mesma em todos os estados do Brasil. Alguns exemplos são calçados em Minas Gerais, aparelhos de ar-condicionado no Espírito Santo, e refrigeradores e congeladores em Santa Catarina e Paraíba. Já automóveis foram o principal produto de Goiás, e livros foram os mais comprados no Distrito Federal.


Os dados do Observatório também destacam as diferenças regionais no e-commerce brasileiro. A região Sudeste lidera, sendo responsável por 73,5% das vendas online, seguida pelo Sul (15,2%), Nordeste (7%), Centro-Oeste (3%) e Norte (1,3%).


Quando analisada a origem das compras, ou seja, de onde os pedidos foram feitos, o Sudeste também se destaca como o principal destino, com 55,6% das compras realizadas, seguido pelo Sul (16,8%), Nordeste (15,8%), Centro-Oeste (8,3%) e Norte (3,3%).



O MDIC e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estão desenvolvendo o projeto E-commerce.BR, que tem como meta aumentar a adesão de pequenos negócios ao comércio online. O lançamento está previsto para este semestre, e a iniciativa busca melhorar o desempenho financeiro dessas empresas por meio de soluções inovadoras, especialmente em regiões onde o comércio eletrônico ainda é tímido.

 

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