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Em fevereiro, vendas no varejo crescem 1,1%


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Em fevereiro de 2022, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,1%, na série com ajuste sazonal, após variar 2,1% em janeiro. A média móvel trimestral, variou 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro, depois da estabilidade (0,0%) no trimestre até janeiro. Na série sem ajuste, o comércio varejista cresceu 1,3% frente a fevereiro de 2021, depois de queda de 1,5% em janeiro de 2022, frente a janeiro de 2021. No acumulado no ano, o varejo teve variação de -0,1%. Já o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 1,3% até janeiro para 1,7% em fevereiro, o setor mostrou aumento de intensidade de crescimento.


Fonte: IBGE

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas avançou 2,0% em relação a janeiro (0,2%). Com isso, a média móvel do trimestre encerrado em fevereiro avançou 0,7%, quando comparada à média móvel no trimestre fechado em janeiro (0,3%).


Seis das oito atividades tiveram taxas positivas, na série com ajuste sazonal

O avanço de 1,1% no volume de vendas do varejo, em fevereiro, na série com ajuste sazonal, teve taxas positivas em seis das oito atividades pesquisadas: livros, jornais, revistas e papelaria (42,8%), combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%).


Por outro lado, houve queda em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,6%). Já o setor de equipamentos e material para escritório informática e comunicação ficou estável (0,0%).


Fonte: IBGE

No comércio varejista ampliado, o crescimento de 2,0% no volume de vendas, em fevereiro, foi influenciado pela taxa positiva de veículos, motos, partes e peças (5,2%). Material de construção teve variação de -0,4%.


Seis das oito atividades do varejo avançaram em relação a fevereiro de 2021

Na comparação com fevereiro de 2021, o comércio varejista avançou 1,3%, com taxas positivas em seis das oito atividades: livros, jornais, revistas e papelaria (18,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,4%), tecidos, vestuário e calçados (8,0%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,0%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%) e combustíveis e lubrificantes (0,1%). Já equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-7,2%) e móveis e eletrodomésticos (-12,6%) registraram queda. Considerando o comércio varejista ampliado, para a mesma comparação, veículos e motos, partes e peças registrou aumento de 1,4% e material de construção registrou queda de 8,0%.


Fonte: IBGE

As vendas de livros, jornais, revistas e papelaria apresentou aumento de 18,5% frente a fevereiro de 2021, segunda alta consecutiva, já que o indicador interanual, em janeiro, foi de 23,2%. Em relação ao acumulado no ano, ao passar de 23,2% até janeiro para 21,0% até fevereiro, a atividade mostra diminuição de ritmo. No caso do acumulado de doze meses, o indicador de fevereiro registrou 5,0%, primeiro mês a registrar valor positivo, após 95 meses de acúmulos no campo negativo (o último mês que havia sido positivo foi fevereiro de 2014, com 0,7%).


Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 9,4% nas vendas frente a fevereiro de 2021, contra 14,2% em janeiro de 2022 frente a janeiro de 2021. O indicador interanual de fevereiro de 2022 também representou a maior contribuição positiva, juntamente com a atividade de Hiper e Supermercados, dentre as oito pesquisadas: 1,0 p.p. no total de 1,3%. Nos dois primeiros meses do ano o setor acumula 11,9%, abaixo do resultado de 14,2%, demonstrando redução de ritmo. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de aumento de 9,9% até janeiro para 10,0% em fevereiro, o setor mostrou estabilidade de intensidade de crescimento.


A atividade de tecidos, vestuário e calçados cresceu 8,0% frente a fevereiro de 2021, segunda alta consecutiva (2,4% em janeiro de 2022 frente a janeiro de 2021), após três meses de queda (-2,0% em outubro, -4,4% em novembro e -1,0% em dezembro). Nos primeiros dois meses do ano, o setor acumula 5,1% de crescimento, maior que o resultado de janeiro (2,4%). No indicador de 12 meses a atividade passa de 16,1% até janeiro de 2022 para 18,6%, indicando aumento no ritmo de vendas.


Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve avanço de 2,0% nas vendas, frente a fevereiro de 2021, primeiro mês de crescimento após 12 meses registrando valores negativos no indicadores interanual. A atividade divide com o setor farmacêutico o primeiro lugar em termos de contribuição no indicador geral, somando 1,0 p.p. no total de 1,3% do comércio varejista. Vale ressaltar que os indicadores de volume de vendas têm sido impactados pela inflação dos alimentos, o que se evidencia na comparação com os indicadores de receita, que registraram, na comparação fevereiro de 2022 contra fevereiro de 2021, um crescimento de 12,1%. No bimestre o setor acumula 0,5% de variação, enquanto nos últimos doze meses, o acúmulo é negativo em 2,3%, acima de janeiro (-2,8%).


As vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., cresceram 1,0%, primeiro mês no campo positivo após seis meses de quedas (em julho de 2021, último com valor positivo, o crescimento foi de 36,8%). Com isso, o primeiro bimestre de 2022 fechou em queda de 3,0%, menos intensa que o resultado de janeiro (-6,2%). Nos últimos 12 meses o indicador permanece estável: 11,3% até janeiro e 11,2% até fevereiro de 2022.


O setor de combustíveis e lubrificantes variou 0,1% nas vendas frente a fevereiro de 2021, resultado que representa o sétimo mês seguido sem crescimento (tanto o resultado de 0,1% de fevereiro de 2022 quanto o 0,4% de agosto de 2021 são considerados estabilidade). No ano o setor acumula -3,6% e nos últimos dozes meses o resultado é de 1,3%.


A atividade de revenda de equipamentos e material para escritório informática e comunicação apresentou queda de 7,2% nas vendas frente a fevereiro de 2021, oitavo mês consecutivo de queda no indicador interanual (o mês de junho de 2021, último a apresentar alta, registrou 3,7%). No primeiro bimestre de 2022 o setor acumula -7,4% em relação ao mesmo período de 2021 e nos últimos dozes meses o valor, até fevereiro, foi de -1,1%, demonstrando diminuição no ritmo de queda frente ao indicador até janeiro (-1,4%).


móveis e eletrodomésticos teve queda de 12,6% nas vendas frente a fevereiro de 2021, sendo o nono mês a registrar números negativos (maio foi o último mês com valor positivo: 22,7%). O resultado interanual posiciona a atividade como a de maior contribuição, no campo negativo, ao indicador do comércio varejista, somando -1,3 p.p. no total de +1,3%. No ano o setor acumula -11,9% e nos últimos doze meses -8,5%.


No comércio varejista ampliado, as empresas que comercializam veículos e motos, partes e peças tiveram aumento de 1,4% nas vendas frente a fevereiro de 2021, quarto mês consecutivo apresentando resultados no campo positivo: 1,8% em novembro de 2021, 0,4% em dezembro e 1,7% em janeiro de 2022. O primeiro bimestre de 2022 apresentou crescimento de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o indicador de 12 meses fechou fevereiro com 17,4%, acima do registrado até janeiro (16,9%).


Já as vendas de material de construção tiveram queda de 8,0% frente a fevereiro de 2021, mesmo resultado na comparação janeiro de 2022 contra janeiro de 2021 (-8.0%). Com esse resultado o setor teve a segunda maior contribuição negativa dentre as dez atividades pesquisadas: -0,8 p.p. em 0,3% no total. No ano, o setor também acumula -8,0%, enquanto nos últimos dozes meses o resultado até fevereiro foi de 1,0%.


Vendas crescem em 26 unidades da federação na comparação com janeiro

De janeiro a fevereiro de 2022, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista cresceu 1,1%, com resultados positivos em 26 das 27 unidades da federação, com destaque para Amapá (8,0%), Rondônia (8,0%) e Acre (5,9%). Somente Tocantins teve resultado negativo (-3,7%).


Na mesma comparação, no comércio varejista ampliado, avançou 2,0%, puxado por 23 das 27 UFs, com taxas positivas mais intensas no Amapá (8,7%), Acre (8,4%) e Mato Grosso do Sul (7,1%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram Pernambuco (-14,1%), Bahia (-2,5%), Espírito Santo (-1,9%) e Goiás (-0,4%).


Frente a fevereiro de 2021, as vendas do comércio varejista cresceram 1,3%, com resultados positivos em 18 UFs, principalmente Amazonas (21,5%), Roraima (17,8%) e Acre (16,5%). No campo negativo, estão nove unidades da federação, entre elas, Pernambuco (-7,7%), Sergipe (-7,0%) e PiauÍ (-5,0%).


No comércio varejista ampliado, na comparação com fevereiro de 2021, a variação foi de 0,3%, com resultados positivos em 17 unidades da federação. Os destaques positivos foram Amazonas (16,5%), Roraima (13,0%) e Acre (11,6%). Das 10 UFs com resultados negativos, as principais foram Pernambuco (-8,0%), Rio Grande do Norte (-5,2%) e Bahia (-4,4%).

 

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