A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) lançou o anuário Perfil das Indústrias de Transformação e Reciclagem de Plástico no Brasil, que nesta edição apresenta os resultados em 2023. O documento traz uma análise detalhada do balanço da indústria e do crescimento do setor, com informações sobre a estrutura e o desempenho da produção, a demanda, a reciclagem mecânica pós-consumo e o faturamento.
Segundo o anuário, a indústria dos transformados de plástico fomentou 363,4 mil empregos, em 12,4 mil empresas, enquanto a de reciclagem computou 15,4 mil contratações em 1,6 mil empresas, se mantendo assim como o quarto maior polo industrial do país. Além disso, para cada tonelada de plástico reciclado, são gerados empregos para 3,16 mil catadores.
O faturamento do setor de transformação do plástico, de acordo com a publicação, foi de R$ 123 bilhões. Desse montante, as micro e pequenas empresas representam 7,7%, as médias empresas 25,1% e as grandes companhias 67,2%. O levantamento também aponta que cerca de US$ 3,7 bilhões foram gerados pelas importações e US$ 1,39 bilhão referente a exportações de transformados plásticos.
“A publicação do Perfil 2023 é essencial para o setor, pois oferece uma visão clara dos desafios e oportunidades que enfrentamos. O documento apresenta dados sobre a produção, consumo e reciclagem de plásticos no país, além de destacar a importância do plástico em áreas essenciais da economia, como construção civil, alimentos e automotivo”, afirma José Ricardo Roriz Coelho, presidente do Conselho da Abiplast.
O anuário revela também que, no ano passado, foram produzidos no país 7,04 milhões de toneladas de produtos plásticos, enquanto o consumo atingiu 7,49 milhões de toneladas e que tem um faturamento estimado em R$123,36 bilhões.
Os setores que têm maior participação nas vendas do setor plástico, são os seguintes: a construção civil lidera o ranking, com 28,32%, seguida pela indústria alimentícia (18,98%), comércio e varejo (7,90%), automóveis e autopeças (7,25%), produtos de metal (5,81%), máquinas e equipamentos (5,28%), bebidas (5,10%), móveis (4,21%), dentre outros. Toda a indústria brasileira usa produtos plásticos como insumos, embalagens ou soluções para agregar valor. Do total de plásticos consumidos, 45,5% são de ciclo de vida longo, ou seja, permanecerão em uso pela indústria por um longo período antes de serem descartados e direcionados para a reciclagem ou disposição final.
O estudo apresenta ainda as principais resinas utilizadas, destacando o polipropileno (PP) com 19,7%, o polietileno de baixa densidade linear (PEBDL) com 15,3%, o polietileno de alta densidade (PEAD) com 13,9%, o policloreto de vinila (PVC) com 13,8%, o polietileno de baixa densidade (PEBD) com 7,6%, o politereftalato de etileno (PET) com 6,9%, o poliestireno (PS) com 6,4% e o poliestireno expandido (EPS) com 3,3%.
Em relação à reciclagem mecânica pós-consumo, a pesquisa revela que 1,1 milhão de toneladas foram recicladas, o que representa 25,6% de todo o material destinado a esse fim. O índice de reciclagem por material destaca o reaproveitamento de importantes produtos como o PET (53,6%) e o EPS (33,8%), seguidos pelo PEAD (31,2%), PP (23,8%) e PVC (16,8%).
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