A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 2,1% em agosto ante julho, para 70,2 pontos, informou nesta segunda-feira a entidade. Em relação a agosto de 2020, a alta é de 6,1%. A leitura deste mês do ICF é a maior desde abril deste ano.
Apesar da alta, a CNC destacou, em nota, que o ICF segue abaixo do nível de satisfação, de 100 pontos. Desde 2015, quando a economia ainda estava na recessão que durou de 2014 a 2016, o indicador da CNC está abaixo de 100 pontos.
Em agosto, todos os subíndices do ICF apresentaram resultados positivos, com destaque para o que mede a Perspectiva de Consumo, que cresceu 5,6% ante julho, atingindo 70,7 pontos, no melhor resultado desde maio de 2020.
"O item foi o de maior crescimento em agosto e revelou melhora na percepção dos brasileiros em relação a compras no segundo semestre", diz a nota divulgada pela CNC.
O Nível de Consumo Atual cresceu 3,7% ante julho, alcançando 55,2 pontos, o maior patamar desde março deste ano.
"O ICF deste mês mostra que a expectativa das famílias brasileiras é que o ambiente econômico mais positivo, percebido no curto prazo, se prolongue para o longo prazo", diz a nota da CNC.
Ainda entre subíndices que compõem o ICF, a Renda Atual cresceu 1,8% ante julho, "continuando tendência de aumento pelo terceiro mês, enquanto na comparação anual houve crescimento pela primeira vez desde abril de 2020, de 1,2%".
Já o Emprego Atual mostrou um crescimento mensal tímido, de 0,4%, o menor, na passagem de julho para agosto.
"O número absoluto atingido por este item na pesquisa (87,3 pontos), no entanto, foi o maior no mês e mostra sua força na base da recuperação do consumo", diz a nota da CNC.
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