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Investimento da indústria em pesquisa cresce 33,4% em três anos, aponta CNI

Aporte em inovação no setor passou de R$ 12,7 bilhões para R$ 16,9 bilhões entre 2016 e 2019; aplicação de recursos acabou perdendo força nos últimos dois anos com a Covid-19


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Um levantamento da CNI aponta crescimento de 33,4% no investimento da indústria em pesquisa e desenvolvimento de 2016 a 2019, antes da pandemia. Dados da ferramenta Perfil Setorial mostra que o aporte em inovação no setor industrial subiu de R$ 12,7 bilhões para R$ 16,9 bilhões nesses três anos. O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, ressalta a importância da inovação para o setor, sobretudo em tempos de crise. “Investimentos em pesquisa e desenvolvimento garante a continuidade da produção. É uma adequação à produtividade, às mudanças tecnológicas que já vinham acontecendo e que continuam acontecendo na indústria para conseguir espaço ou até ganhar espaço no mercado, seja doméstico seja no interno”, diz Azevedo.


As montadoras tiveram um maior investimento em pesquisa e desenvolvimento. Foram R$ 2,8 bilhões apenas em 2019. A indústria química veio em seguida, com R$ 2,5 bilhões aplicados no mesmo ano. Os setores farmacoquímico e farmacêutico apresentaram o maior crescimento percentual, ampliando o investimento em 63,9% – R$ 955 milhões para R$ 1,6 bilhão. O gerente da CNI ressalta que a aposta em pesquisa foi certeira, mas acabou perdendo força nos últimos dois anos com o surgimento da Covid-19.


“2020 e 2021 certamente foram anos desafiadores para a indústria brasileira. Os impactos na questão financeira foram muito pesados, e, infelizmente, boa parte desses investimentos são feitos com o próprio recurso das empresas. É claro que, até pela necessidade de sobrevivência, esses investimentos devem ter acontecido, ainda que parte deles certamente foi frustrada por causa das dificuldades financeiras e da própria incerteza trazida pela pandemia”, explica. A plataforma da CNI revela, por exemplo, que a indústria de alimentos é a que mais emprega no Brasil, com mais de 1,6 milhão de funcionários. Em seguida vem a construção civil, com cerca de 820 mil servidores. O segmento alimentício também representa a maior parcela do PIB industrial, com 8,35% do total, seguido pela extração de petróleo e gás natural, com 6,6% dessa fatia. A ferramenta ainda mostra que os profissionais do setor são os mais bem remunerados da indústria brasileira.

 

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