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Pagamentos no varejo e novas fontes de crescimento

Estudo da Bain & Company com bancos, redes e empresas de pagamentos estabelecidas identificou quatro áreas principais que exigem um foco mais preciso para seguirem em crescimento. Confira!


Fonte: Banco de imagens Wix

O setor de pagamentos no varejo é uma indústria rica e promissora, com receita global estimada em US$ 356 bilhões e crescimento anual projetado de 6% nos próximos 5 anos, de acordo com a Bain & Company. Aprofundando nas projeções da consultoria para o setor de pagamentos no varejo que a Consumidor Moderno já começou a analisar, vamos abordar algumas estratégias que merecem maior atenção para uma experiência perfeita para o consumidor e de maior rentabilidade para o setor.


Segundo a Bain, o alto grau de mudança que está por vir nos pagamentos de consumidor para empresa tem implicações para os concorrentes tradicionais. Os bancos podem construir defesas contra grandes empresas de tecnologia investindo mais na experiência do usuário. As instituições devem se preparar para pagamentos conta-a-conta e processar pagamentos em diferentes sistemas ou redes, protegendo os fluxos de empréstimos, mesmo que isso signifique canibalizar as receitas de transações com cartões.


Para as emissoras de cartões, novas fontes de crescimento internacional serão essenciais, incluindo serviços importantes, como gerenciamento de fraudes e novos casos de uso. É preciso reinventar o negócio para facilitar e fornecer serviços de valor agregado que complementem transações criptográficas e de conta-a-conta, bem como cartões. Uma tendência são parcerias com grandes empresas de tecnologia para manter as credenciais do cartão no topo da carteira do consumidor, com uma experiência perfeita de cliente e varejo, desestimulando a mudança para ofertas de conta-a-conta.


Fortalecer competências em aquisições e parcerias

O trabalho da Bain com bancos, redes e empresas de pagamentos estabelecidas identificou quatro áreas principais que exigem um foco mais preciso:


1- Estratégia com perspectiva voltada ao futuro. Em meio a mudanças tão rápidas, pode parecer impossível saber quais métodos de pagamento os consumidores vão preferir nos próximos anos. Contudo, uma abordagem de estratégia voltada para o futuro, que define as tendências desejadas e depois trabalha de trás para frente para estabelecer marcos tangíveis e práticos, pode ajudar a identificar e aproveitar novas oportunidades.


Insights inovadores vêm do exame de cenários extremos, mas plausíveis, como consumidores que delegam compras a avatares movidos à inteligência artificial. O objetivo aqui não é entender qual resultado é mais provável, mas descobrir diferentes maneiras de competir, vencer – dada uma infinidade de resultados possíveis –, e revelar movimentos que devem valer a pena na maioria dos cenários.


Como parte dessa abordagem, o processo de aprovação de investimentos precisa ficar mais simples para permitir uma rápida redistribuição de capital. E como os pagamentos no varejo exigem variedade de recursos e amplo alcance, as empresas devem fortalecer sua competência em aquisições e parcerias.


Web3 e novas tecnologias de pagamentos

2- Vendas e marketing altamente direcionados. Os pagamentos no varejo, como muitos outros setores, valorizam a personalização e a segmentação diferenciada de clientes. Para cada segmento, os bancos e as emissoras de cartão devem munir suas equipes de vendas com manuais relevantes, continuamente aprimorados e testados em campo. Também é fundamental saber onde está o dinheiro, e uma avaliação de oportunidades baseada em dados vai garantir que as empresas se concentrem nos nichos de maior valor de mercado;


3- Transformação de tecnologia, não ajustes incrementais. Pilhas e infraestrutura legadas terão de ser substituídas por sistemas mais flexíveis para acomodar pagamentos em tempo real sempre ativos, Web3 e novas tecnologias de pagamentos. As organizações devem consolidar as plataformas, integrar negócios adquiridos para evitar gastos elevados e acelerar o desenvolvimento de produtos. É preciso reestruturar microsserviços e investir em processos e ferramentas para dar suporte a uma plataforma de arquitetura moderna;


4- Reduções seletivas de custos. A maioria das instituições tradicionais será forçada a reduzir suas margens de lucro e seus custos operacionais. Áreas negligenciadas, como operações, suporte ao cliente e compliance, vão exigir investimentos em atualizações e automação. Problemas não resolvidos no setor de tecnologia, aquisições não integradas e arquitetura de plataforma incoerente passam a ser entraves ao crescimento em um momento em que os investimentos em tecnologia serão mais difíceis, uma vez que margens de lucro menores reduzem a disponibilidade de financiamentos.


Enfim, as novas empresas vão continuar a inovar e, por isso, companhias tradicionais não podem contar com uma onda de crescimento geral de pagamentos. Agora é a hora de determinar onde jogar e como vencer nas áreas escolhidas. Ter clareza sobre onde e como superar a concorrência, bem como quais saltos em capacidades dar. Tudo isso é essencial para permanecer relevante em um setor em rápida transformação.

 

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