Os preços da indústria, calculados na porta de fábrica, ou seja, sem incluir os impostos e frete, caíram 1,96% em setembro, na comparação com agosto. No resultado total do setor, as principais influências foram em refino de petróleo e biocombustíveis, alimentos, metalurgia e veículos automotores.
Os dados fazem parte do IPP, Índice de Preços ao Produtor das Indústrias Extrativas e de Transformação, divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira (26).
O analista do IPP, Felipe Câmara, avalia que o resultado causou impactos na inflação acumulada em 12 meses, a menor em mais de dois anos.
Na passagem de agosto para setembro, os preços da indústria extrativa tiveram o quarto recuo consecutivo. Com isso, o acumulado anual ficou em 4,5%.
O preço dos alimentos sofreu a segunda queda seguida do ano, de 1,13%, após o recuo de 3,5% em agosto.
Entre os produtos com diminuição nos preços estão o “leite Longa Vida”, “carnes e miudezas de aves congeladas” e “carnes de bovinos congeladas”. No caso das carnes de frango e bovina, as empresas reportaram um recuo da demanda. Em relação ao leite, depois de aumentos sucessivos ao longo do ano, a maior captação nas bacias leiteiras, redução da demanda e dos custos de combustíveis e de energia explicam a queda.
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