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Principais tendências que devem aquecer a área de criação de conteúdos digitais

Tiago Maranhão, explora o que o mercado pode vivenciar nos próximos meses, destacando os nichos emergentes e empoderamento de pequenos creators


Fonte: Banco de imagens Wix

Todos os negócios que giram em torno de criadores de conteúdo independentes, curadores, da comunidade que inclui influencers de redes sociais, podcasters, videomakers. Esse é o universo da Creator Economy que toca, com maior ou menor peso, todos os setores da economia. Da moda ao entretenimento, da alimentação à saúde – física e financeira –, da moradia ao turismo.


A criação de conteúdo explodiu em todas essas áreas – e em muitas outras –, com as pessoas cada vez mais conectadas, transformando a maneira como nos informamos, nos comunicamos e construímos os momentos de lazer.


Nesse cenário, há todo um mundo de oportunidades para creators, profissionais que têm conquistado audiências globais e estruturado marcas pessoais de sucesso. E o grande fenômeno é justamente esse, que o que está em alta não é um ou outro tema, a grande explosão é a do formato, com a relevância e sucesso de criadores de conteúdo. Em produções sobre beauty, moda sustentável, finanças ou tecnologia, há sempre grandes referências colocando determinados conteúdos na pauta.


Com esse aquecimento no mercado de influência e de infoprodutos, certas tendências já dão as caras e prometem puxar a fila das novidades. Três delas, definitivamente, estarão na linha de frente do setor nos próximos meses:


Nichos emergentes

Se há um segmento que está ficando mais popular e diversificado entre creators são os nichos específicos. O motivo é simples: as pessoas que consomem conteúdos digitais estão ficando cada vez mais exigentes e demandando um detalhamento maior desses materiais, inclusive temática; por isso, os profissionais da área estão segmentando mais as suas produções.


Em finanças, por exemplo, um caso prático dessa tendência é o sucesso da Nathália Rodrigues, mais conhecida como Nath Finanças, uma orientadora financeira que já impactou mais de 5 milhões de pessoas. Aos 24 anos, ela se tornou uma figura muito conhecida no Brasil, com o objetivo de ajudar indivíduos a alcançarem a liberdade financeira de forma saudável e consciente, mesmo com uma renda modesta.


Seu foco em um nicho específico consiste em fornecer conselhos de finanças adaptados às necessidades daqueles que desejam melhorar sua saúde financeira, apesar de recursos limitados. Por meio de uma abordagem única, Nath capacita as pessoas a utilizarem seu dinheiro com sabedoria, destacando a importância da poupança e dos investimentos. As dicas da Nath Finanças são particulares desse nicho uma vez que ela aborda as necessidades e preocupações específicas daqueles que possuem renda mais baixa, oferecendo estratégias práticas para um determinado perfil.


Empoderamento de pequenos creators

Em um debate sobre a criação de conteúdo, é comum pensar em grandes creators, que já estão consolidados no segmento. Porém, pequenos criadores também estão ganhando força, visto que trazem muita autenticidade e individualidade para o cenário digital. Eles têm a capacidade de explorar nichos específicos (como citado acima) e abordar tópicos que podem não receber tanta atenção dos grandes influenciadores, permitindo um trabalho mais personalizado e direcionado ao público-alvo.


O canal “Jardim Secreto”, da influenciadora de make-up e moda Jéssica Brazil, é a prova concreta desse tipo de abordagem, principalmente por conta dos seus números de conversões e vendas. Para se ter uma ideia, em poucos meses os seus cursos de maquiagem foram comprados mais de 130 vezes, demonstrando o interesse de seguidores por conteúdos que atendam diretamente às suas necessidades.


Criação de conteúdo educacional

Como o próprio caso de Jéssica Brazil já indica, creators e infoprodutores estão cada vez mais engajados a compartilhar conhecimentos e habilidades por meio de tutoriais práticos, cursos completos e aulas inteiramente no digital. Basicamente, são formatos de ensino que vieram para ficar, afinal, cada pessoa adequa o consumo desses conteúdos às suas rotinas e de uma maneira, normalmente, dinâmica e divertida.


O professor e biólogo Paulo Jubilut também é um nome marcante nesse sentido, tendo feito a diferença para toda uma geração e acumulando uma grande comunidade em suas redes, misturando diversão e aprendizado.


Projeções para o mercado

Poderíamos olhar para essas tendências e apenas pensar que são “só estimativas”, sem necessariamente terem a capacidade de mudar o patamar do mercado de criação de conteúdo. No entanto, elas não precisam ser agentes causadores, porque o setor já avançou para esse nível. Em outras palavras, a missão delas é a de continuar crescendo.


É possível entender um pouco mais essa estrutura quando vemos que, atualmente, há cerca de 300 milhões de creators espalhados pelo mundo, aproximadamente 20 milhões só no Brasil, segundo a Factworks for Meta. Com esses profissionais girando as operações do segmento, eles movimentaram mais de US$ 104 bilhões em 2022, como aponta o Influencer Marketing Hub. É uma realidade.


Portanto, tendências como as que coloquei aqui e estão sendo trabalhadas a rodo no mercado, são diferenciais que já provaram seu valor e vão seguir se fortalecendo. Considerando a aderência ao digital que aumenta todos os dias, creators e infoprodutores que souberem explorar esses diferenciais vão largar forte no desenvolvimento das suas carreiras na área.


*Tiago Maranhão é Diretor de Conteúdo e Comunicação na Stages, nova solução que permite aos criadores de conteúdo revolucionarem a forma de monetizar suas criações, oferecendo novas possibilidades para a Creator Economy.

 

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