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Quase metade dos trabalhadores terá habilidades afetadas pela IA, diz especialista

Baseado em dados do World Economic Forum (WEF), especialista em RH diz que 44% dos funcionários apresentarão algum tipo de disrupção em suas habilidades


Fonte: Banco de imagens Canva

Baseado em dados do relatório O Futuro do Trabalho 2023 do World Economic Forum (WEF), especialista em RH diz que 44% dos funcionários apresentarão algum tipo de disrupção em suas habilidades devido à influência da inteligência artificial. Em artigo publicado na Forbes, Jess Elmquist, Chief Human Resources Officer & Chief Evangelist da plataforma de talentos Phenom e membro do Conselho de Recursos Humanos do veículo de comunicação, aponta alguns caminhos para evitar que a IA influencie de forma inadequada o desempenho e o engajamento dos trabalhadores e prejudique seu pensamento crítico.


O artigo sustenta que líderes de RH reconhecem o potencial da IA para criar resultados positivos e também gerar novas oportunidades de carreira. Mas, segundo Elmquist, estes líderes estão cautelosos.


“A inteligência artificial se propõe a libertar os trabalhadores de aspectos repetitivos de seu trabalho. Mas, como nos assegurar de que não nos tornemos excessivamente confiantes nesse apoio?”, indaga o especialista.


Hora de investir em educação

Para Elmquist, diante deste novo mundo, chegou a hora de as companhias oferecerem uma educação que enfatize certos aspectos do trabalho. Se os líderes perceberem que os funcionários estão muito dependentes da IA e ela está afetando o pensamento crítico, talvez seja hora de promover o reskilling (requalificação). De acordo com o estudo da WEF, são cinco as habilidades principais a serem desenvolvidas: pensamento analítico; pensamento criativo; resiliência, flexibilidade e agilidade; motivação e autoconsciência; e curiosidade e desejo de aprendizado constante.


Segundo o especialista, os líderes de RH devem ficar atentos aos seguintes comportamentos dos trabalhadores, que indicam estar usando a tecnologia como “muleta”:


  • os times pararam de mostrar seu trabalho;

  • empregados muito habituados às mensagens via plataformas digitais estão evitando contato face-a-face;

  • as equipes estão fazendo pesquisas baseadas em meios não muito especializados no assunto a ser pesquisado, como Tik Tok, Google e Internet em geral;


“Queremos que a IA faça seu trabalho, a fim de que nós possamos executar outras tarefas mais prazerosas. Mas ainda necessitamos de trabalhadores empoderados e afiados no circuito, para garantir precisão e eficiência. Os líderes de RH devem mitigar os riscos de disrupção, observando sinais importantes de comportamento e tendo equipes com bons currículos. Precisamos começar a fazer isso agora”, conclama Elmquist.


WEF aponta prioridades das empresas

O relatório de 2023 do WEF sobre o Futuro do Trabalho aponta que duas habilidades terão destaque nos próximos anos: IA e big data, assim como liderança e influência social.


As companhias estão ranqueando IA e big data 12 vezes mais do que as habilidades consideradas essenciais e afirmam que vão investir nessa área 9% de seus esforços de reskilling. Liderança e influência social são cinco vezes mais altas do que as demais funções com habilidades essenciais. Segundo o relatório, outras habilidades estrategicamente destacadas nas empresas são: design e experiência do usuário; especialistas em meio ambiente; marketing e mídia e cibersegurança.

 

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