Mau uso pode gerar urgência para a regulação da Inteligência Artificial.
O Senado deve votar até abril deste ano a implementação de um marco legal que estabeleça diretrizes para o desenvolvimento e aplicação de sistemas de Inteligência Artificial (IA).
Embora haja diferentes perspectivas sobre a abordagem dessa regulamentação, o debate gira em torno da necessidade de moldar regras em lei para uma ferramenta que, embora de propósito geral, tem implicações cada vez mais significativas em diversos setores.
Para o presidente da Dataprev, empresa que assessora o governo no uso de IA, Rodrigo Assumpção, a implementação de regulamentações é inevitável. Ele destaca que a urgência se dará pelo uso inadequado da tecnologia pelos setores com grau de risco mais elevado.
"É inevitável. Regulamentar com base no medo e na especulação raramente é eficaz. Precisamos vivenciar e acumular experiências para estabelecer regulamentos", destaca Assumpção em entrevista à Convergência Digital.
Ele reconhece que em contextos como o das eleições, a preocupação e a urgência são compreensíveis, visto que os potenciais erros podem ter consequências significativas.
"As suítes de produtividade disponíveis no mercado já incluem IA. Essa IA tem acesso aos dados, documentos e redes das organizações. Sem uma disciplina adequada de classificação e organização dessas informações, não há limites para onde essa IA pode atuar. Portanto, é fundamental investir em governança e qualificação de dados e documentos para utilizar IA de forma eficaz", ressalta Assumpção.
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