Em sua décima segunda edição, o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo evidencia um aumento anual de 1,8% no volume de vendas do varejo. Contando com dados mensais acerca da movimentação dos varejistas, a pesquisa fecha 2023 com uma trajetória positiva, ocasionada pelas compras de final de ano.
O estudo leva em consideração seis segmentos: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; livros, jornais, revistas e papelaria; móveis e eletrodomésticos; tecidos, vestuários e calçados; e por fim, material de construção.
No comparativo entre anos, apesar do resultado positivo em dezembro, 2023 apresentou queda de 1,3% em relação a 2022. A diminuição representa o cenário desafiador dos empreendedores ao longo do último ano.
Segundo o estudo, 2023 apresentou resultados positivos somente em quatro meses do ano. Isso ocorre em reflexo de um primeiro semestre mais fraco, porém destaca a relevância do último trimestre – com três meses positivos que impulsionaram o comércio no final do ano.
Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, encarregado pelo levantamento, detalha: “essa análise destaca a importância de considerar não apenas os dados isolados, mas também o contexto econômico mais amplo para uma compreensão abrangente das tendências do mercado”.
Resultados de 2023
Em uma análise por segmentos, três foram destaques com os maiores aumentos anuais: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,2%); tecidos, vestuário e calçados (1,8%); e artigos farmacêuticos (0,7%).
Já os setores com maiores quedas, segundo o estudo, foram, móveis e eletrodomésticos (2,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (1,9%) e materiais de construção (0,9%).
Considerando os aumentos acumulados de 2023, os resultados por segmentos são: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo com 0,9% e móveis e eletrodomésticos, com aumento no volume de vendas de 0,5%.
Em queda, ficaram os setores:
– Livros, jornais, revistas e papelaria (2,6%);
– Tecidos, vestuário e calçados (2,1%);
– Artigos farmacêuticos (0,7%);
– Material de construção (0,2%).
Analisando sob a perspectiva dos estados, em dezembro de 2023 comparado à 2022, as altas registradas foram: Amapá (7,6%), Tocantins (4,3%), Distrito Federal (3,9%), Mato Grosso (3,3%), Rio de Janeiro (2,8%), Piauí (2,4%).
Quanto às quedas, os destaques são: Alagoas (14,8%), Roraima (5%), Pernambuco (3,7%), Rio Grande do Sul (1,4%), Mato Grosso do Sul (0,8%) e Goiás (0,7%). A pesquisa considerou quatorze estados mais o Distrito Federal.
“Com esses dados, o varejo fecha o ano de 2023 apontando para uma tendência positiva, exemplo da resiliência e capacidade de recuperação do setor, que gerou dúvidas passando boa parte do ano negativo”, finaliza o executivo.
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