Já na Black Friday, vendas do varejo físico cresceram 7% e quase metade das transações foram feitas com cartão de crédito.
A movimentação no varejo paulistano em dezembro foi 1,8% maior, se comparada com o mesmo mês de 2019, o que coloca o setor no mesmo patamar registrado anteriormente à pandemia da Covid-19. É o que aponta o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), indicador elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) com base nos dados da Boa Vista SA.
O Balanço de Vendas apontou também que dezembro foi melhor comparado com o mês anterior e sobre dezembro de 2020: 29,3% e 18,7% respectivamente.
“Os dados refletem a melhora das condições da economia. Isso se deu por diversos fatores positivos, como a cobertura vacinal, mais mobilidade da população e do Auxilio Brasil”, afirma o economista da ACSP, Marcel Solimeo.
Com alta de 12%, o acumulado do ano parece indicar que o comércio voltou aos patamares anteriores à pandemia, mas com desempenhos muito diferentes entre os segmentos. O principal deles, de acordo com o economista, foi o crescimento expressivo das vendas virtuais.
Com menos restrições ao funcionamento do comércio e o avanço da vacinação, o varejo aos poucos mostrava sinais de uma possível recuperação. De janeiro a março, os dados registrados pelo balanço de vendas foram negativos: -11,1%, -6,1% e -23,7%. A retomada gradual começou a partir de abril.
Já a Black Friday deste ano foi marcada pela retomada do varejo físico, graças ao avanço da vacinação em todo o país e a retomada de 100% das atividades presenciais. Dados da VarejOnline apontam que o varejo físico teve um volume de vendas 7% maior do que o obtido em 2020. Ao todo, foram 160.415 mil transações realizadas em sua base de clientes na semana da Black Friday, sendo que em 2020 esse número foi de 125.485 mil.
Outra informação apontada pelo levantamento foi que 48% dos pagamentos da Black Friday foram realizados com cartão de crédito. Em segundo lugar ficou o cartão de débito, com 23%, seguido pelo cheque e crediário, com 16%, e por último, dinheiro e Pix, que juntos representam 12% das transações.
Apesar do crescimento ter ficado abaixo do esperado, Juliano Mortari, CEO e fundador da VarejOnline, avalia que o varejo físico passa por uma recuperação gradual e aos poucos recupera o fôlego.
“A Black Friday de 2021 foi a primeira grande data comercial após a população com mais de 18 anos ser totalmente imunizada no Brasil. Apesar dos varejistas esperarem que as vendas fossem melhores, o crescimento de 7% já demonstra que o público está retornando à prática das compras presenciais”.
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