Apesar do crescimento, em 12 meses, o setor acumula retração de 3,4%
As vendas da indústria de transformação paulista variaram positivamente 0,3% em junho na comparação com maio, conforme o Levantamento de Conjuntura da FIESP e do CIESP. Salários reais médios (-0,8%) e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada, NUCI, (-1,1 p.p.) foram os componentes com retração na leitura atual. Já as horas trabalhadas na produção ficaram estáveis no mês (0,0%). Dados com tratamento sazonal.
Apesar do moderado avanço das vendas reais no mês, a indústria de transformação paulista acumula retração de 3,4% em 12 meses. A situação de queda deste componente ocorre desde o mês de janeiro de 2022 (-0,9%), com o pior resultado apresentado em junho passado (-8,9%). Nota-se que havia uma melhora neste indicador até o mês de março deste ano, quando o dado foi de -1,0%. Desde então, ocorre a deterioração pelo terceiro mês consecutivo (abril: -1,7%, maio: -2,5% e junho: -3,4%).
A FIESP permanece mantendo a projeção de queda da produção industrial brasileira em 0,5% no ano de 2023.
Urge, portanto, medidas de apoio ao setor industrial do país, iniciando com a diminuição da taxa SELIC, que está em patamar exacerbado, apesar de um cenário de claro arrefecimento da inflação, dificultando o investimento do setor a partir de captação de crédito. O anúncio recente sobre a depreciação acelerada aliado à aprovação pelo Senado da Reforma Tributária – com alíquota máxima de 25% – são alguns fatores que contribuirão para a atividade do setor. Reforça-se, portanto, que haja uma agenda de médio e longo prazos para o desenvolvimento e atualização do parque industrial do país, pois, apenas com uma indústria forte, moderna e competitiva, o país poderá seguir em um caminho do crescimento e desenvolvimento.
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